sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Oswaldo não quis integrar a Guerrilha do Araguaia

Entre os pontos mais peculiares, e fortes, da história ditatorial militar brasileira está a chamada “Guerrilha do Araguaia”, agrupamento de esquerdistas da qual Oswaldo não quis fazer parte, apesar de, segundo ele, ter sido convidado. “Achei que não era o caminho”.

No livro “A Ditadura Escancarada”, o jornalista Elio Gaspari apontou, com base em uma profunda pesquisa, que desde 1966, ou seja, dois anos após o golpe, o PC do B “estocava militantes nas matas fechadas da região do Bico do Papagaio, numa das últimas frentes de expansão da sociedade brasileira”.

Segundo relatou no livro, com base em uma conversa do então presidente, general Ernesto Geisel, a intenção dos guerrilheiros era montar uma “zona liberada” no meio da floresta. Mas o efetivo era pequeno: até o primeiro semestre de 1972 eram 59 homens e 14 mulheres, que foram massacrados pelas três Forças Armadas.

Antes disso, ainda segundo o livro, eles teriam perdido apoio popular na região, o que dificultou ainda mais a situação, fora a escassez de recursos financeiros e alimentos.

“Achava que [a guerrilha] não tinha condição”, destacou Cid ao reproduzir frase Vladimir Lenin sobre o pegar nas armas: “o esquerdismo é a doença infantil do comunismo”. (FD)
 


Fonte: Diário de Cuiabá

0 comentários: